segunda-feira, 14 de maio de 2012

No Parque

Quando o telefone tocou exatamente às 10hs, ele respirou fundo e atendeu o telefone se esforçando para parecer despreocupado
- E ai garotão - ela disse.
- Hum... oi. Tudo bem?
- Por aqui tudo certo! E então, tudo certo para hoje?
- Está sim. No mesmo lugar de sempre?
- Claro! Te vejo lá às 15hs! Ai meu Deus, to atrasada! Beijo!
- Tá bom, outro... tchau.

Naquele dia ele passou mais tempo do que de costume em frente ao espelho. Tudo deveria estar perfeito. Sua roupa, tênis, tudo.
O almoço foi feito com muito cuidado (ainda que fossem apenas sanduíches). Davi passou no mercado de manhã e escolheu as melhores folhas de alface, queijo, pão, tomates, frutas. Ficou em dúvida se levava garrafas de água com gás, sem gás, suco ou refrigerante e, no fim, acabou se irritando e levando um de cada.

Não era por que havia um ano que ele não a via, nem por que foram amigos desde sempre, nem por que era seu aniversário, muito menos por que seria ele que levaria o almoço. Era por ela. Marina. Ele a amava.

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